sábado, março 06, 2010

Compartilhar informação (e momentos)

Mais uma vez, eu e meu companheiro Eden fomos convidados a dar uma entrevista sobre o contrato de união homoafetiva que assinamos no final do ano passado.
Desta vez, nossa entrevista foi para a repórter Carolina Romanini da revista Veja. Apesar de ser um crítico assíduo do projeto editorial de Veja, aceitamos dar a entrevista depois do bate-papo com a jornalista.
Ela foi extremamente profissional e conseguiu fazer uma matéria sem jogos de palavras ou preconceitos implícitos.
Sobre minha (e nossa) visão sobre o assunto, leiam o post anterior aqui.

Confiram a matéria:

terça-feira, março 02, 2010

"Só um minutinho!" - A intensidade do momento


No último domingo, assisti na TV uma apresentação de um historiador sobre a utopia da idade perfeita. Depois de algumas cochiladas no meio do caminho, em algum ponto do debate, passei a refletir sobre algo que ele disse: “a insatisfação em todas as idades pode ser sintoma da nossa incapacidade de viver o presente”.

Viver o presente tem se tornado um desafio em tempos de Big Brother, Facebook e Twitter. Cada vez mais, estamos preocupados em moldar uma imagem para um futuro ou questionar algo que aconteceu no passado.

Em meio a esta reflexão, em uma de minhas práticas de yoga, fomos convidados a trabalhar posturas de equilíbrio. Nestes ásanas (nome dado para às posturas), temos que nos concentrar profundamente para não cair, literalmente. Esta concentração contribui para que nossa mente venha automaticamente para o momento presente, um “pulo no desconhecido” (como lembrou minha professora), algo extremamente emocionante.

Com tanta informação, agenda cheia, compromissos diversos e estímulos constantes, se deparar com o presente pode ser um grande desafio. Tenho buscado viver o presente como nunca e minha experiência nos pequenos momentos têm sido maravilhosas.

A eterna busca pela felicidade deve ser o combustível para nossas vidas, e ela se inicia quando conseguimos viver o aqui e o agora.


Muitas vezes me deparo comigo mesmo reclamando sobre algo supérfluo, como o atraso do garçom ou o farol demorando para esverdear. Nestas horas, principalmente nelas, o desafio é viver o momento. Um bom exercício é olhar fundo nos olhos de quem está com você, buscando um momento de paz e de amor, escondidos na confusão do momento.

Reconfortante também é ouvir as nuances de uma música que toca no rádio ou apenas respirar com o silêncio. Perceber os pequenos detalhes dos instantes é o primeiro passo para tornar a vida mais sutil e entrar de fato na contemplação da felicidade. Acredito que mais de 90% de nossas angústias se tornam desnecessárias se conseguirmos dar um tempo para nós mesmos e viver  "só um minutinho" (ou segundinho) no presente. Vale a tentativa!

Namastê!